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1 ano do Pix: o que mudou e o que vem por ai?

Em apenas um ano de existência, o Pix gerou resultados inimagináveis. Desde o lançamento, a forma com que a população brasileira realiza transferências e depósitos mudou radicalmente. O Pix tornou-se uma importante ferramenta para impulsionar a bancarização no país, com a inclusão de novos clientes para o sistema financeiro.

Mês a mês o número de transações realizadas só aumenta trazendo ainda mais solidez para o sistema e garantindo a transformação do mercado: além da facilidade de inclusão social para os desbancarizados no país, gera oportunidades de negócios para diferentes nichos. Segundo o TecnoBlog, cerca 6,2 bilhões de operações foram efetuadas via Pix durante este 1 ano de existência. 

Os números ficam ainda mais surpreendentes quando comparados com outros meios de pagamento como TED, DOC e boletos. Segundo informações do Economia Uol “apenas em setembro deste ano foram feitas 1,04 bilhão de operações com o Pix. No mesmo mês, foram 349,2 milhão de transações com boletos bancários e apenas 94,3 milhão de operações com TED. Os demais meios de transferência — que abarcam DOC, cheques e TEC — somaram apenas 24,7 milhões de operações.”

Para falar mais sobre a retrospectiva do Pix e seus principais pontos de celebração, convidamos nosso CEO, Carlos Netto para falar sobre o assunto. Confira entrevista completa:

O que explica o sucesso tão rápido do Pix em apenas 1 ano de existência? Como ele está mudando a vida dos brasileiros?

“O Pix trouxe muita movimentação não só para o mercado financeiro, mas principalmente para a população. Antes de seu lançamento oficial e até mesmo antes de se ter um nome definido, o Banco Central estudou tudo que o mundo fez até então em termos de pagamento instantâneo e aprendeu com o erro dos outros, criando um sistema de fato eficiente e revolucionário. Além disso, a atuação do regulador em obrigar bancos e instituições financeiras reguladas com muitas contas correntes a oferecer o Pix foi essencial para a adesão em massa. Se os grandes não tivessem entrado, não teríamos interoperabilidade com os pequenos.

Outro ponto importante a se levar em consideração é o grande número de desbancarizados no país. O Pix, juntos às instituições de pagamento, trouxeram uma nova perspectiva social: A população até agora sem acesso a serviços financeiros, também pode pouco a pouco ser incluída financeiramente. Em termos sociais o Pix tem sido uma revolução no mercado Brasileiro.

O Sistema de Pagamentos Instantâneos fez uma verdadeira inclusão bancária, permitindo que muitas pessoas físicas e até mesmo pequenos negócios recebessem vários pagamentos de forma digital sem os elevados custos de transferência bancária ou de cartão. Também popularizou a transferência entre contas, pois não existe mais a preocupação de saber se a pessoa que vamos pagar tem ou não conta no mesmo banco que nós.
 
Todos esses fatores foram assertivos, pois o BACEN trabalhou em conjunto com a sociedade, ouvindo as empresas que tinham experiência nos seus campos de atuação.”

Quais são as principais novidades que estão por vir no Pix?

“As primeiras novidades são o Pix Saque e o Pix Troco. Essas funcionalidades vão permitir que o usuário, de praticamente qualquer conta de fintech ou banco, consiga realizar um saque em diversos estabelecimentos comerciais. O cidadão comum não ficará mais refém de encontrar um caixa eletrônico para conseguir realizar um saque. Apesar de muito disponível nas grandes cidades, o caixa eletrônico é uma coisa rara em estradas, cidades pequenas e áreas mais carentes. Essa escassez faz com que as pessoas, ao encontrar um, saquem todo o dinheiro possível, pois em determinadas regiões apenas o dinheiro físico é aceito para realizar compras.
 
Associando isso ao baixo custo de receber um pagamento via Pix, a popularização desse meio de pagamento pode ser ainda maior,  ocupando um espaço muito grande hoje ainda dominado pelo dinheiro em espécie. Se o Pix já cresceu bastante neste último ano, com o Pix Saque tem tudo para fazer crescer ainda mais. 
 
Outra novidade é o Pix sem internet, no qual as pessoas poderão pagar mesmo quando estiverem sem plano de dados, seja por que não tem como pagá-lo ou apenas por que estão em áreas sem cobertura de internet como áreas rurais, estradas ou subsolos. O Pix sem internet vai popularizar e democratizar ainda mais este meio de pagamento. 
 
Além disso, o Banco Central já divulgou uma agenda para o ano que vem que envolve Débito Automático, Pix Cobrança, entre outras funcionalidades que vão revolucionar ainda mais esse meio de pagamento.”

Como o mercado pode aproveitar as oportunidades do Pix? Ainda há modelos de negócios que podem surgir?

"O Pix está ajudando a transformar diversos aspectos, principalmente com suas oportunidades para diferentes nichos de mercado. Até pouco tempo atrás o sistema financeiro nacional estava concentrado nos 5 maiores bancos atuantes no território brasileiro. Com a chegada das fintechs, instituições de pagamento e agora com o Pix, o nosso mercado está expandindo. 
 
Setores dos mais diversos estão aproveitando as oportunidades de gerar uma nova receita com a oferta do Pix. Este processo de fintechzação das empresas já estava acontecendo e o Sistema de Pagamentos Instantâneos veio para potencializar ainda mais esse processo. Ao oferecer serviços financeiros atrelados a não financeiros, como marketplaces oferecendo contas digitais ou indústrias criando seu próprio ecossistema financeiro, além de criar uma nova fonte de receita, também ajuda na fidelização e experiência dos clientes. 
 
Com o Pix, qualquer conta de uma fintech nova consegue receber ou transferir para qualquer pessoa. Isso estimula o empreendedorismo, aumenta a oferta de serviços para o usuário final e aumenta a concorrência, o que barateia e melhora a qualidade dos serviços ofertados."

Qual o papel da Matera nessa revolução?

“A Matera auxiliou diversas empresas e fintechs a implantarem o Pix desde o ano passado. Além do benefício para a população em geral, o Pix também foi essencial para as empresas disponibilizarem mais uma forma de pagamento, principalmente nas lojas virtuais, o que facilita a compra e até mesmo agiliza a entrega do produto, pois o pagamento é instantâneo. 


Dentre os participantes, diretos e indiretos do SPI (Sistema de Pagamento Instantâneo), mais de 100 instituições utilizam a solução Matera Instant Payments. Já somamos quase meio bilhão de transações Pix processadas na nossa plataforma, dominando 7% do market share total!”

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- Entrevista com Carlos Netto de  11:40 até 18:50.