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Matera Live: Open Banking Intro - Highlights

A Matera deu início às discussões sobre o Open Banking com o mercado realizando um webinar com grandes especialistas no assunto. O Matera Live: Open Banking Intro aconteceu no dia 9 de fevereiro de 2021 e esclareceu os conceitos principais dessa grande abertura de dados e serviços e como as instituições poderão aproveitar as oportunidades que estão por vir para gerar mais negócios.

O evento contou com as participações especiais do João André Pereira, Chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, e do Márcio Alexandre, Superintendente de Governança de TI e Segurança Cibernética do Sicoob. Eles estiveram ao lado do Carlos Netto e do Fabiano Amaro, CEO e Consultor de Negócios da Matera, respectivamente. A mediação do bate-papo foi realizada pelo Alexandre Pinto, Diretor de Inovação e Novos Negócios da Matera.

A seguir, você confere os melhores momentos da live!

Importância da Fase I

“Mesmo sendo teoricamente mais simples, a Fase I do Open Banking, relacionada ao compartilhamento dos dados das instituições (produtos e serviços, canais de atendimento, localização de agências, tarifas, por exemplo), permitirá que estas desenvolvam um grau de maturidade para saber lidar com APIs, exposição de dados e já se preparem para os desafios que virão nas próximas fases”, Fabiano Amaro.

Protagonismo das APIs

“É importante ressaltar a importância das APIs em todo esse modelo. O mercado já vem discutindo bastante isso e cada vez mais fica claro que API significa jornada. A forma como os sistemas legados irão expor esses dados em uma camada de borda, ou para o terceiro consumir, ocorre através de jornadas. Ter isso “empacotado” de forma correta, seguindo padrões, com performance, escalabilidade e disponibilidade 24x7 são pontos essenciais”, Fabiano Amaro.

Experiência do usuário final

“Mesmo com toda a padronização das APIs, no Reino Unido houve um grande entrave em relação ao consentimento na jornada do cliente, que se mostrou impeditivo para que a iniciativa evoluísse com mais fluidez. No início, essa experiência não tinha um processo padronizado, então algumas jornadas exigiam do usuário até 20-30 cliques para concluir um consentimento. No Brasil, a preocupação com questões referentes à experiência padronizada do cliente ajudam muito nesse processo, tanto é que temos um Grupo de Trabalho que trata somente disso, para buscar a experiência mais fluida possível”, João André Pereira.

Regulatórios x Oportunidades

“No Reino Unido, no início do Open Banking, os incumbentes encararam a primeira fase com preocupação, por conta da quebra do status quo provocada pela abertura de dados. Na segunda fase, que é a implementação, a prioridade foi o compliance, imposto pelo regulador. A partir daí, as instituições tiveram duas possibilidades. Algumas encararam o Open Banking exclusivamente como compliance e seguiram o que foi determinado, e esse talvez seja o pior caminho, pois não há preocupação com uma construção evolutiva. Outras não só cumpriram, mas também aproveitaram as oportunidades. Alguns incumbentes, por exemplo, se dedicaram a evoluir seus produtos, focados nos clientes e na sua experiência, e muitos se consolidaram como os principais agregadores do mercado”, João André Pereira.

Bancos como plataforma

“Gosto de comparar o Open Banking a um smartphone, que é uma plataforma. Nós compramos o aparelho para baixar diversos aplicativos, que não são da empresa que o produz, responsável apenas pela plataforma. O Open Banking vai permitir que os bancos sejam plataformas e que o mercado crie soluções em cima delas. A plataforma se beneficia das iniciativas vencedoras sem perder com as malsucedidas. Os bancos devem enxergar nisso uma grande oportunidade, mas precisam ajustar o mindset, parar com a visão de que são all-inclusive, de que oferecem tudo e de que todos os clientes irão com eles, e precisam pensar nesse mundo de plataforma e marketplace”, Carlos Netto.

Iniciador de Transação de Pagamento

“Muitos players do mercado financeiro estão interessados na modalidade do ITP (Iniciador de Transação de Pagamento), que é uma forma de você garantir uma experiência diferenciada para o cliente e se conectar às contas para facilitar o pagamento. Por exemplo, no checkout de um e-commerce há dependência de gateways, de mecanismos como cartão, boleto ou Pix para conseguir o pagamento. Se ele puder se tornar um ITP, facilitaria o checkout do produto sem depender muito de outros mecanismos de intermediação”, Fabiano Amaro.

Oportunidades no curto prazo

“Acredito que um dos primeiros modelos de negócio que surgirão será a comparação de preços, até mesmo por conta do cronograma do Open Banking. Na sequência, os pagamentos invisíveis serão cada vez mais comuns - isso é uma forte tendência. Ao final de 2021, poderemos falar com muito orgulho que o Brasil terá o maior Open Banking do mundo, seremos referência global”, Márcio Alexandre.

Análise de comportamento

“Um modelo de negócio que já existe e que em breve ajudará muitas pessoas físicas é a agregação com a possibilidade de aliar as informações transacional e comportamental dos clientes, ainda mais com o auxílio da Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Isso ajudará a pessoa a pensar, se educar financeiramente e se organizar no seu dia a dia. Existem apps que já funcionam dessa forma, mostrando as melhores datas e locais para realizar compras, de acordo com os hábitos do usuário”, João André Pereira.

Crédito facilitado

“Com o Open Banking, o crédito também será facilitado. Se temos, por exemplo, uma relação de mais de 15 anos com determinado banco, isso quer dizer que ele me conhece, sabe se tenho receita extra ou não, como pago minhas contas. Por outro lado, uma fintech que eventualmente tenha uma abordagem mais personalizada de crédito não tem essas informações e, portanto, não consegue ofertar um crédito de maneira adequada. Com o Open Banking e o acesso aos meus dados, poderá medir melhor o risco que irá tomar e assim ofertar produtos mais personalizados”, Fabiano Amaro.

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