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Pix: seja protagonista nessa revolução

É muito gratificante perceber, apenas um mês após o início da fase de Operação Plena, que o potencial transformador do Pix, que discutimos tanto ao longo de seu desenvolvimento, nos últimos dois anos, já está se concretizando.

Os números até agora são muito expressivos, mostrando que empresas e pessoas estão rapidamente fazendo inclusão financeira para os pagamentos Instantâneos às suas realidades. Nos 30 dias iniciais, o Pix foi responsável por mais de 85 milhões de transferências, que movimentaram mais de R$ 75 bilhões. Em termos de chaves, já são mais de 110 milhões registradas.

Essa popularização crescente evidencia que, além de ser uma oferta que gera inúmeras vantagens competitivas no mercado financeiro, contar com o Pix será uma questão de sobrevivência. As 735 instituições que ofereceram esse novo meio de pagamento desde o lançamento já saíram na frente, e estão movimentando o mercado com novas ofertas, inovação e competitividade

A utilização do limite do cartão de crédito para realizar transações por meio do Pix (Banco Bmg), crédito via Pix (Bradesco) e pagamentos de faturas de telefonia móvel (Claro, TIM) são amostras simples, que já estão em prática, das aplicações do Pix, mas isso é apenas o começo.

Como o Breno Lobo, um dos grandes responsáveis pelo Pix no Banco Central, comentou no último Pix Talks promovido pela Matera, o Pix evoluiu de tal forma que suas características no início do projeto - instantaneidade e a disponibilização imediata dos recursos - acabaram sendo ofuscadas pela sua capacidade de gerar novos modelos de negócios sobre a plataforma e o tráfego de informações junto à ordem de pagamento. 

Como gosto de reforçar, o Pix representa o início da Internet das Contas, uma verdadeira rede que possibilitará o surgimento de modelos inimagináveis, assim como foi a Internet nos anos 1990, sem a qual gigantes como Google, Amazon e Facebook jamais existiriam. É uma grande guinada no percurso do mercado financeiro brasileiro. 

A Matera tem muito orgulho de fazer parte da vanguarda do Pix, e atualmente estamos envolvidos em dois modelos que ilustram perfeitamente a afirmação do Breno Lobo. O primeiro é o Open Delivery, um padrão aberto de protocolo e arquitetura que facilitará a comunicação entre bares, restaurantes, marketplaces, entregadores, softwares e clientes, utilizando o Pix não só como forma de pagamento, mas como mensageria, permitindo inclusive ao cliente final pagar com cartão de crédito ou vale refeição.

O outro é a utilização do Pix como adquirência por PDVs e ERPs, no qual é muito mais atraente às desenvolvedoras de software que se tornem fintechs, para assim oferecer contas aos estabelecimentos comerciais de suas base, gerar QR Codes do Pix de forma nativa e lucrar com todas as transações realizadas em seus clientes com esse novo meio de pagamento, expandindo sua lucratividade além da licença do software.

Como vocês podem ver, a corrida da inovação já começou. Podem ter certeza de que novos Googles, Amazons e Facebooks da vida surgirão utilizando a plataforma do SPI, é apenas uma questão de tempo. Instituições consolidadas podem se fortalecer ainda mais e novos players escalar seus negócios de maneira acelerada. Quem ganha é o consumidor final e as instituições que se movimentarem para protagonizar essa transformação. Já aqueles que esperarem demais podem ficar para trás e perder uma oportunidade de ouro para alavancar e modernizar seus negócios.

A agenda evolutiva do Pix está avançando, sendo que para 2021 o Banco Central já tem programados o Saque Pix, Pix Link, QR Code que dispensa que o pagador tenha acesso à Internet, a figura do Iniciador de Pagamentos e o Pix como instrumento de cobrança. As possibilidades não param de crescer e muitas ainda estão por vir.

Com a abertura da nova janela de adesão ao Pix em 1 de dezembro, não há mais desculpa para ficar de fora dessa revolução. O mercado nunca esteve tão aberto, competitivo e inclinado àrevolução digital. Esse novo capítulo está só começando e você não pode ficar fora dele.

Por Carlos Netto

Graduado em Ciência da Computação pela Unicamp e co-fundador da Matera em 1987 com outros amigos de faculdade. Possui 30 anos de experiência na transformação digital do mercado financeiro, participando ativamente do desenvolvimento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). É especialista em Open Banking e Meios de Pagamento. Atualmente lidera a Matera em sua expansão global.

 

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