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Produtos de adquirência Pix: como desintermediar pagamentos pode beneficiar o seu negócio

Os produtos de adquirência se tornaram um grande mercado na economia brasileira. Afinal, desde que chegou ao país, na década de 1960, o cartão de crédito nunca foi tão usado quanto hoje em dia. 

A praticidade dos cartões junto à segurança deste meio de pagamento fizeram com que muitos brasileiros apostassem no crédito e no débito como suas principais formas de fazer transações financeiras. Hoje, existem cerca de 123 milhões de cartões de crédito e 132 milhões de cartões de débito ativos no país, segundo o Banco Central. 

Mas a grande explosão do mercado de adquirência foi em 2010, quando o BC acabou com a exclusividade entre Redecard e Visanet e as principais bandeiras do país, Mastercard e Visa. Esse movimento aumentou a competitividade do setor e estimulou o surgimento de mais de cem empresas até o momento, como Stone, PagSeguro e Getnet. 

A “era de ouro” das maquininhas de cartão, no entanto, vem sofrendo grandes mudanças. Com o surgimento de novos arranjos de pagamento, esse segmento deve diminuir seus lucros nos próximos anos e dividir a preferência dos brasileiros com outras modalidades. 

Ficou com curiosidade para entender esse movimento? Então continue lendo e entenda por que isso é uma boa notícia para empreendedores de outros setores!

Como funciona o mercado de adquirência?

Atualmente, no mercado de adquirência, temos empresas que se classificam como adquirentes, subadquirentes e gateways de pagamento. Enquanto as primeiras dominam o mercado físico, as outras duas são instituições que atuam na internet, intermediando pagamentos no e-commerce. 

O que as três têm em comum é que funcionam de forma parecida, enviando os dados da compra para as bandeiras, que por sua vez, verificam se há saldo ou limite com o banco emissor do cartão para consolidar a compra. De maneira geral, os clientes de instituições financeiras possuem um saldo ou um crédito aprovado.

Para uso, dependem dos instrumentos como cartão de débito e crédito, firmado em parceria com bandeiras, adquirentes, subadquirentes e gateways que são responsáveis pela rede e pontos de aceitação, de modo a permitir que o saldo e/ou crédito transitem da conta do cliente pagador para a conta do cliente recebedor.

Por conta dessa estrutura, o mercado de adquirência envolve diversos intermediários, e isso encarece as transações para o vendedor e para o cliente final. 

Qual é o futuro dos produtos de adquirência?

Muitos fatores estão influenciando o futuro dos produtos de adquirência. O primeiro deles é a pandemia do coronavírus, que acelerou um movimento que já vinha acontecendo: o aumento das compras online. 

De acordo com uma pesquisa divulgada pela BigData Corp. e pelo PayPal, o comércio digital cresceu 40% no primeiro semestre de 2020, levando a mais pagamentos por outros meios. Ao mesmo tempo, as compras em lojas físicas caíram e, diante disso, analistas estimam uma queda de 36% nos lucros das maquininhas em 2020

Além disso, a chegada do Pix pode reduzir a quantidade de transações feitas com cartão de débito no país, já que se trata de uma forma rápida de fazer pagamentos, seja de maneira física ou digital, sem precisar dos cartões

Como desintermediar pagamentos?

A chegada do Pix não deve ser considerada como uma má notícia para os produtos de adquirência. Na verdade, esse novo meio de pagamento deve transformar todo o mercado ao promover a desintermediação dos pagamentos.  

Através do Pix, empresas que se transformarem em suas próprias fintechs poderão ocupar essa posição de adquirente e lucrar mais a partir de cada transação financeira realizada. Enquanto as pessoas físicas não pagam nada, as empresas são cobradas, mas os valores ainda são bem menores do que demais meios de pagamento e principalmente do que os produtos de adquirência. Isso porque existem menos intermediários cobrando suas taxas em cada transação. 

Além disso, o Pix democratiza as transferências eletrônicas e pagamentos digitais, já que basta ter conta em uma instituição financeira ou de pagamentos para participar. Não é preciso ter cartão, filiação a uma bandeira ou mesmo conta em banco. Isso coloca as fintechs em um patamar mais parecido com os bancos e estimula a competitividade no setor

E, através da tecnologia de Banking as a Service, abre espaço para que empresas de qualquer segmento também se tornem competitivas no mercado financeiro.

Pix para PDV

Para os PDVs, em especial, a desintermediação de pagamentos também significa uma oportunidade de investimentos. Sem os intermediários, o próprio PDV pode oferecer serviços bancários para seus clientes e lucrar com a taxa das transações, que ainda vai ser menor para o estabelecimento comercial do que as do cartão. 

O modelo de Banking as a Service, no qual funciona a solução Pix para PDV, da Matera, permite que empresas de outros segmentos atuem como fintechs sem precisar sua instituição do zero. Dessa forma, o PDV tem mais autonomia dos bancos e ainda aumenta seus lucros. Saiba mais sobre essa solução no nosso artigo e fique por dentro das principais tendências do mercado acompanhando o blog da Matera!