
O Banco Central do Brasil vem aumentando cada vez mais as exigências regulatórias, tanto para os participantes já estabelecidos como para novos entrantes. O mercado brasileiro está passando por uma série de transformações e é essencial que todas as instituições possam crescer de forma consolidada e segura, motivo pelo qual o regulador tem se preocupado tanto em manter a padronização regulatória.
O DLO, ou Demonstrativo de Limites Operacionais, já é uma realidade há anos para instituições de todos os segmentos e portes, entretanto, a exigência é a mesma independentemente da complexidade da operação de cada instituição. Por vezes, esse custo de observância acaba sendo desproporcional e com as recentes mudanças de cenário, até instituições que se enquadram no S5 precisam dedicar um pouco mais de esforço a certos aspectos regulatórios que podem passar a ser exigidos pelo BACEN. Para falar mais sobre o assunto, o Maurício Pacheco, nosso especialista e Gerente de Produtos de Gestão de Capital, esclareceu algumas dúvidas sobre o assunto. Confira!
Resumidamente, o que é o DLO?
O Demonstrativo de Limites Operacionais é um documento que calcula o patrimônio e consolida as informações do ativo da instituição, ponderando-os segundo um modelo padronizado de risco. O principal objetivo do Banco Central é monitorar a solvência das instituições, que basicamente significa acompanhar se para cada uma há capital suficiente para fazer frente a eventuais problemas relacionados a risco de crédito, risco operacional e risco de mercado.
Além disso, outros componentes e seus limites também fazem parte do documento, a saber: Razão de Alavancagem, Limites de Exposições Concentradas, Limite de Crédito com o Setor Público e Limite de Operações Compromissadas.
Por que os novos entrantes no mercado precisam estar atentos aos requerimentos regulatórios?
Toda instituição, independente do porte, precisa atender às exigências regulatórias antes mesmo de começar a operar. Inclusive, é necessário fornecer evidências desses controles e sistemas no processo de autorização do Banco Central.
Além disso, ao garantir uma estrutura regulatória, é possível se planejar e garantir um crescimento consolidado diante da concorrência que está cada vez mais acirrada.
Como o DLO impacta as instituições S4 e S5?
A única diferença de uma instituição S4 e os segmentos maiores (S1, S2 e S3) envolve o custo operacional do processo de integração das informações. Essas instituições tendem a ter uma operação mais simples, logo, com menos “pontos de contato” que podem gerar alguma fricção no dia a dia dos responsáveis. Mas no final, o documento a ser enviado para o Bacen, com todas as suas regras, periodicidade e enquadramentos é rigorosamente o mesmo.
Já uma S5, atualmente não é obrigada a enviar o documento mensalmente para o Bacen. Quem o fizer por iniciativa própria ou eventual exigência do Bacen, deve fazê-lo através do DLO no Regime Prudencial Simplificado (RPS), que segue um mapeamento contábil pré-definido. O fato do Bacen atualmente não exigir o envio do arquivo, não dispensa as instituições S5 da elaboração do mesmo. Isso é muito importante, pois estas instituições são obrigadas a se enquadrar nos devidos limites, assim como as dos demais segmentos. E o BACEN pode solicitar em inspeções ou mesmo aleatoriamente de qualquer um.
Importante ressaltar que deve-se entender um segmento como uma situação transitória. As instituições que crescem e diversificam sua operação, podem migrar de segmento e nesse caso precisam estar preparadas de antemão.
Qual a vantagem que as instituições têm ao contratar esse serviço?
A maior vantagem está na possibilidade de delegar parte do problema regulatório. Existem ferramentas, como o Matera Risk, completas e flexíveis, atendendo a toda exigência regulatória a partir de dados primários da instituição. Nossa equipe monitora constantemente as mudanças, que no caso do DLO são mais frequentes, garantindo a atualização tempestiva da solução.
Com mais de 10 anos atuando nessa solução, hoje atendemos a todo espectro de segmentação e nossa interação com o mercado é sempre muito propositiva, o que nos permite aprimorar constantemente a ferramenta com a experiência e feedback dos clientes.
A complexidade regulatória crescente exige cada vez mais uma solução completa que automatize o processo de apuração e geração das informações garantindo integridade, consistência e rastreabilidade. Isso otimiza o esforço da instituição poupando tempo liberando o analista para trabalhos mais estratégicos. Por isso, nossa solução sai do lugar comum do mercado, adicionando valor ao cliente se diferenciando por ir muito além de um mero gerador de xml para envio de informações ao BC.
Mas é seguro usar a ferramenta na nuvem?
Sim, totalmente seguro. Toda informação transita e é persistida na base de dados de forma criptografada, só a aplicação consegue ler os dados salvos. O controle de acesso é feito através do Active Directory da Microsoft na Azure e há confirmação em duas etapas.