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Como funciona o Pix e o que a sua empresa precisa fazer para implementá-lo

Apenas em 2020, com pouco mais de um mês de lançamento, o Pix, novo meio de pagamento instantâneo do Banco Central, movimentou R$ 150 bilhões no Brasil. No entanto, grande parte dessas movimentações foi feita entre pessoas físicas. Isso é um reflexo do fato de que muitos negócios ainda não sabem como funciona o Pix e nem como implementá-lo pode trazer benefícios.

No entanto, antes de partir para um esclarecimento a este respeito, é importante contextualizar a chegada dos pagamentos instantâneos ao Brasil.

Essa forma de pagamento faz parte de uma série de iniciativas do Banco Central que vêm sendo desenvolvidas há alguns anos. A chegada da tecnologia ao mercado financeiro e a necessidade de serviços mais eficientes fizeram com que o BC atualizasse suas regulamentações e abrisse espaço para novos atores. 

Através do pagamento instantâneo, o objetivo do BC é estimular a competitividade no mercado financeiro, diminuindo o número de intermediários nas transações e reduzindo as taxas para o consumidor final, tanto pessoa física quanto jurídica

Então se você quer economizar e desburocratizar suas operações, continue lendo e saiba tudo sobre essa novidade!

Como funciona o Pix?

O Pix é um novo sistema de pagamento regulamentado e implementado pelo Banco Central, no qual pessoas físicas e jurídicas podem fazer pagamentos rápidos e sem fricção, em qualquer horário ou dia da semana. As transações acontecem em até 10 segundos e caem na mesma hora na conta do destinatário. 

Para pessoas físicas, o Pix funciona principalmente através dos aplicativos bancários, onde as contas dos interessados em transações estão cadastradas. Sendo assim, se eu possuo uma conta no banco A e utilizo o aplicativo da instituição, haverá na tela uma área destinada ao Pix. Ao entrar neste espaço, serão indicadas quais as opções que eu posso utilizar, como cobrar, fazer transferência, fazer pagamento etc. O dinheiro cai diretamente na conta de quem recebe e você movimenta como já fazia antes. Simples, não é?

Diferentemente das transferências comuns (como TEC ou DOC), o Pix não tem taxas para pessoas físicas e as taxas para pessoas jurídicas são muito inferiores ao que é praticado pelos demais meios de pagamento. Isso porque o custo para os bancos é bem mais baixo a cada transação, além da operação ser menos burocrática e muito mais ágil.  

Pix Cobrança e Pix Link

Além de realizar e cobrar pagamentos, o Pix traz algumas outras facilidades para o dia a dia das empresas, por meio de seus recursos.

Chamado de “Pix Cobrança”, a modalidade por QR Code já está disponível para pagamentos imediatos, mas em breve também vai oferecer a possibilidade de incluir mais informações do que apenas o valor do pagamento. Como nos boletos, será possível determinar uma data de vencimento, juros, multa e descontos, por exemplo, e a previsão do Banco Central é que o Pix Cobrança seja lançado oficialmente no dia 15 de março de 2021

Além disso, outra modalidade é o Pix Link, que vai gerar endereços eletrônicos para pagamentos pela internet. Esta funcionalidade também está na agenda evolutiva do Banco Central, mas ainda não tem previsão de lançamento. Enquanto isso não acontece, sua empresa pode se preparar com segurança.

Como implementar o Pix em empresas?

Agora que você já entendeu como o Pix funciona, para começar a receber pelo Pix, seu negócio precisa apenas de uma conta em qualquer tipo de instituição financeira ou de pagamento. Isso significa que você não fica preso aos bancos tradicionais.

Para utilizá-lo na sua empresa, você precisará apenas cadastrar chaves Pix para a sua conta jurídica — podendo ser CNPJ, um número de telefone, um endereço de e-mail ou mesmo  chaves aleatórias de letras e números determinadas pelo Banco Central.

Importante sinalizar que as chaves Pix são códigos que vão facilitar as transações, porém não são obrigatórias e você poderá operar pelo Pix sem elas da mesma forma. Empresas podem cadastrar até 20 chaves simultâneas por conta. 

Além disso, também há a possibilidade de gerar os QR Codes, que podem ser padronizados, sempre com o mesmo valor, ou gerados a cada transação e disponibilizados aos clientes para que efetuem o pagamento através de leitura pela câmera do celular.

Regras do Pix

O principal objetivo do Pix é democratizar o acesso às transações eletrônicas, por isso, tende a ser um modelo bastante fácil de usar. Mesmo assim, existem algumas regras que clientes e instituições precisam seguir. 

A primeira delas é que as instituições devem garantir a segurança das transações, com criptografia de alta complexidade. Assim, os pagamentos ficam seguros, tanto quanto em outros tipos de transferência. Caso haja alguma brecha, as instituições correm o risco de pagar multas e até terem sua atuação no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) suspensa. 

Já com relação a taxas e outras cobranças, os valores devem constar no site da instituição, em local visível. Da mesma forma que o atalho para utilizar o Pix precisa ser visível na tela inicial do aplicativo de Internet Banking, com todos os serviços à disposição do usuário. Por isso, preste atenção para conferir se a sua instituição está seguindo essas regras. 

Além disso, empresas que quiserem usar a marca do Pix em seus materiais publicitários devem seguir o manual do Banco Central, com relação à nomenclatura e à logo da ferramenta. Se restou alguma dúvida sobre como funciona o Pix, fique por dentro de todas as novidades desse novo meio de pagamento aqui no nosso blog