Qual é o futuro dos pagamentos?
Segundo o Internacional Data Corporation (IDC), até 2020, 60% dos investimentos empresariais serão direcionados para a transformação digital. Ao olhar para esses dados pode-se identificar um saldo positivo para a ascensão de mercados como o financeiro. A transformação do mundo digital está, pouco a pouco, revolucionando a forma de se relacionar com o dinheiro e, junto a ela, remodelando os negócios de um mercado que por tanto tempo se manteve essencialmente tradicional.
A troca comercial existe desde os primórdios da humanidade. Ao voltar alguns séculos atrás, animais e objetos eram usados como “moeda de troca”. Caminhando um pouco mais para frente na linha do tempo, iniciou-se a troca por meio da moeda. Dinheiro em espécie, cheque, cartão de débito, crédito e assim vai a fila dos meios de pagamento, cada um de acordo com o momento cultural da sociedade e, principalmente, com as viabilidades das plataformas tecnológicas vigentes em cada uma das épocas. Já passamos por muitos modelos diferentes, é verdade, mas esse foi só o começo do que está por vir.
O futuro pertence a modelos de negócios que se alinhem com com as expectativas do consumidor: algo rápido, prático e que não demande grandes burocracias. E é a partir desse ponto que entra a onda dos novos meios de pagamentos: o futuro é instantâneo! É certo de que em breve, assim como já acontece em outros países como a China, o Brasil vai adotar os Pagamentos Instantâneos como modelo principal que, segundo informações do Banco Central do Brasil, inicia sua implementação em 2020.
A partir desse modelo, é possível realizar transferências monetárias eletrônicas entre diferentes instituições em tempo real, durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Um dos aspectos mais atrativos dos Pagamentos Instantâneos baseia-se nos baixos custos envolvidos nas transações, além, é claro, da facilidade de acesso a qualquer momento. Mas afinal, o que isso significa? Uma vez que todas as contas de pessoa física e jurídica de diferentes instituições estejam conectadas umas as outras, modelos de menor eficiência como boletos, meios mais custosos como TED, ou até intermediários como adquirentes, perdem expressividade.
Diante desses novos caminhos, a chegada dos Pagamentos Instantâneos e do Open Banking tem criado perspectivas muito positivas para o setor financeiro. As regulamentações lançadas pelo Banco Central tem reforçado o potencial tecnológico e cultural do que está por vir.