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SPI: a arquitetura por trás do Sistema de Pagamentos Instantâneos do Brasil

29 de setembro de 2025

Entenda o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), sua função no mercado financeiro e as oportunidades para sua instituição.

por matera

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Foto de um homem fazendo um pagamento na maquininha com o celular e o texto: SPI - Sistema de Pagamentos Instantâneos

O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é a infraestrutura de pagamentos instantâneos do Brasil. Em outras palavras, é o motor que viabiliza o Pix e outras inovações do mercado brasileiro.

O desenvolvimento deste sistema começou em 2019, por parte do Banco Central, para ser a base de dados e administração de toda a tecnologia para o lançamento do Pix, que aconteceu no ano seguinte.

Entenda melhor!

O que é o SPI?

SPI é a sigla para Sistema de Pagamentos Instantâneos, que se refere a toda a infraestrutura criada e mantida para a viabilização do Pix e outras inovações. O SPI é gerido pelo Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB).

Trata-se do ambiente que permite os pagamentos instantâneos de forma segura, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Por meio dele, acontece a conexão entre instituições financeiras e instituições de pagamento, para garantir que o dinheiro saia da conta do pagador e chegue na conta do recebedor. 

Qual é o papel do SPI?

Para além da infraestrutura, o SPI tem como papel também:

  • Promover a competição: com a tecnologia para diversos tipos de instituição, gera o aumento da concorrência e reduz os custos de transação.
  • Aumentar a eficiência: o Pix substitui modelos antigos de transferências, promovendo aceleração do fluxo de dinheiro na economia.
  • Fomenta a inclusão financeira: o SPI é um sistema acessível e de baixo custo, o que permite que mais pessoas e pequenas empresas participem do sistema financeiro formal.

De certa forma, o SPI é o responsável por todos os feitos do Pix e seus produtos. As conquistas de um correspondem ao outro. 

De que formas as instituições se relacionam com o SPI?

As instituições financeiras e de pagamentos se relacionam com o SPI de duas formas principais, estabelecidas pelo Banco Central: como participantes diretos ou indiretos.

Os participantes diretos, o que também é chamado de Pix Direto, são aqueles que se conectam diretamente ao sistema. No geral, são grandes bancos, algumas fintechs e instituições de pagamento que possuem capacidade e infraestrutura robusta.

Isso porque é preciso cumprir uma série de requisitos técnicos e operacionais de alta complexidade e segurança determinados pelo Banco Central. A principal vantagem do modelo é maior autonomia e controle. 

Já os participantes indiretos são aqueles que contam com um participante direto para oferecer serviços de pagamento instantâneo. No geral, optam por esse modelo as fintechs, bancos menores e instituições de pagamento que não têm a infraestrutura necessária ou não desejam arcar com o custo e complexidade da conexão direta.

Com isso, as instituições contam com uma redução de custos e burocracia, o que pode ser uma vantagem para as empresas no início de suas operações.

Por dentro desta conexão entre instituições e SPI

É importante reforçar que essa decisão entre conexão direta ou indireta não é apenas uma decisão estratégica por parte das instituições, algumas delas têm obrigações nesse sentido. Confira:

  • Instituição de pagamento sem autorização do BC: participação obrigatória no SPI na modalidade indireta.
  • Banco comercial, banco múltiplo com carteira comercial ou Caixa Econômica: participação obrigatória no SPI, na modalidade direta.
  • Instituição financeira ou Instituição de pagamento autorizada pelo BC: participação obrigatória no SPI na modalidade direta ou indireta.

Ou seja, a escolha só está nas mãos de IFs e IPs que têm autorização do Banco Central e não se classificam como Banco comercial, banco múltiplo com carteira comercial ou Caixa Econômica.

Formas de acesso ao SPI

Adentrando ainda mais essa infraestrutura, é preciso conhecer ainda mais um componente: a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN).

Essa rede é que possibilita as transações e troca de informações, responsável por toda a comunicação entre instituições, o que faz as transferências instantâneas possíveis.

Impacto do SPI no mercado

O SPI é parte da maior revolução do setor financeiro do Brasil: o Pix. Uma tecnologia que é referência mundial e que trouxe muitas mudanças e benefícios para a população geral.

Como forma de contexto, até agosto de 2025, já eram mais de 879 milhões de chaves Pix geradas. Além disso, também em 2025, foram registradas mais de 6 milhões de transações por mês, em média.

Alguns dos impactos do SPI e do Pix no mercado financeiro são:

  • Inclusão financeira em massa: o Pix permitiu que muitas pessoas até então não-bancarizadas tivessem acesso ao serviço de pagamentos instantâneos, dando mais autonomia para essa população. Isso porque ele está acessível nas contas mais simples, o que levou milhões de brasileiros para dentro do sistema. Isso reduz a dependência do dinheiro em espécie e democratiza o acesso a transferências.
  • Aumento da competição e inovação: o SPI é uma infraestrutura aberta e interoperável, o que tira o monopólio dos grandes bancos, equiparando a capacidade de fintechs, instituições de pagamento e startups.
  • Criação de novos modelos de negócio: o SPI abriu portas para serviços que antes eram inviáveis ou muito caros, como pagamentos automatizados, cobranças instantâneas, integração com e-commerce, fora tudo que ainda pode ser criado.
  • Mudança no comportamento do consumidor: a conveniência e velocidade do Pix mudaram os hábitos dos brasileiros, se tornando o meio de pagamento mais usado no país com menos de quatro anos de lançamento.

O futuro e as oportunidades com a SPI

Desde o lançamento, o Banco Central é claro sobre a expectativa de evolução contínua, tornando o futuro bastante promissor. As oportunidades são muitas, pois o sistema segue se transformando, criando um ambiente propício para inovação.

Alguns dos mais recentes e futuros produtos do SPI e Pix e demonstram essa positividade são o Pix Automático e o Pix Parcelado, que trazem funções que democratizam o débito automático e funções de cartão de crédito.

Além disso, ainda este ano temos o MED 2.0 e outras iniciativas que visam reforçar a segurança nas transações e infraestruturas relacionados ao Pix.

Matera como parceira para conexão com SPI

Para ofertar produtos do Pix e aproveitar esse ambiente de inovação do SPI, você pode contar com a Matera. Com a nossa solução, você tem acesso à tecnologia necessária para a conexão com SPB e Pix, além da plataforma de mensageria, e você se torna um participante direto do Pix.

Preencha o formulário e fale com nossos especialistas para saber mais!

Perguntas frequentes

FAQ Sistema de Pagamentos Instantâneos: