O ano de 2023 foi muito agitado para o setor financeiro, impulsionado por avanços tecnológicos e suas constantes transformações. Neste texto, relembraremos alguns dos acontecimentos que se destacaram no setor ao longo deste último ano e que continuarão moldando o cenário de produtos e serviços financeiros em 2024,desde inovações tecnológicas, como a Inteligência Artificial, até mudanças nas transações bancárias e a ascensão das moedas digitais.
Tecnologia em prol da experiência do usuário
Acompanhando a tendência da experiência do usuário como centro dos negócios, o mercado de serviços financeiros têm usado a tecnologia para aprimorar a relação com o cliente, bem como criar produtos personalizados. Mas, não são apenas as empresas que vêm buscando se atualizar: o Banco Central também está seguindo este movimento com iniciativas como o Open Finance, que permite que pessoas compartilhem seus dados entre as instituições financeiras e, deste modo, tenham fácil acesso a benefícios adequados aos respectivos perfis.
Outra tendência é a Inteligência Artificial, que se tornou uma ferramenta estratégica para a compreensão dos hábitos dos clientes, além de aprimorar a entrega de serviços mais adaptados às suas necessidades do usuário. Como lançamento para o ano de 2024, é esperado que o mercado desenvolva um SuperApp para o setor financeiro, que unificará diversos produtos e serviços em apenas um lugar.
Mudanças em transações bancárias
Outro cenário que está mudando rapidamente são as modalidades de pagamentos e transferências bancárias, que possuem dois grandes acontecimentos garantidos para este ano: a desativação do Doc, que aconteceu no dia 15 de janeiro, e o lançamento do Pix Automático, previsto para outubro.
A desativação do DOC era esperada pelo mercado desde o ápice do sucesso e aceitação do Pix, sendo este o principal responsável pelo fim da antiga modalidade de transferência bancária.
O Pix Automático, uma das grandes promessas do Banco Central para a carteira de funcionalidades do Pix, permitirá que pagamentos recorrentes sejam programados. Além do uso para pessoa física, todos os modelos de negócios terão acesso, seja um estabelecimento físico ou um negócio digital, independentemente do porte.
Além disso, surpreendendo o mercado e contradizendo algumas previsões que diziam que o boleto cairia em desuso, a modernização da cobrança inovou a tradicional modalidade de pagamento ao atualizar o tempo de liquidação das transações no sistema interbancário para o mesmo dia do pagamento, ou seja no prazo D+0.
Falando em Pix…
Em 2023, o Pix atingiu marcos impressionantes, como 100% de aceitação no e-commerce, equiparando a modalidade ao nível de aceitação do cartão de crédito neste setor, além de estabelecer um novo recorde ao superar 178 milhões de transações em um único dia. Para manter o padrão de qualidade e a agilidade necessária, o Banco Central do Brasil segue aplicando melhorias tecnológicas ao produto, como a criação de novos contadores antifraudes, que visa aumentar a segurança ao facilitar a prevenção e detecção de fraudes e golpes, e desenvolvimento do Canal Secundário de Mensagens (CSM), tecnologia fundamental para o funcionamento do Pix Automático e Pix Agendado.
Era das moedas digitais e tokenização
A moeda digital do Brasil, o Drex, tem previsão de lançamento ainda em 2024. Com essa novidade do sistema financeiro nacional, espera-se grande movimentação no mercado e na economia, que vão desde o aumento das oportunidades de emprego para especialistas em tecnologias cripto e blockchain, até mudanças regulatórias.
Apesar do Drex ser uma das pautas importantes para o ano, a tendência para 2024 vai muito além da moeda digital brasileira: há todo um processo de tokenização de ativos acontecendo, nome dado para a transferência de ativos do mundo real para redes blockchain. Esse tema pode gerar muitas oportunidades, como a captação de novos clientes ao oferecer negociação de criptomoedas.
Reformulação das regras contábeis
2024 será um ano de muita atenção às regulamentações do Banco Central. Apesar de a maioria das resoluções entrarem em vigor em 2025, é necessário que as instituições se adequem nos próximos meses para cumprir as exigências do regulador.
A Resolução BCB Nº356, por exemplo, dispõe sobre os novos procedimentos para apuração do requerimento de capital padronizado para o risco operacional. Esta norma se aplica aos conglomerados prudenciais do Tipo 1 e Tipo 3, exceto instituições S5 e administradoras de consórcio.
Já a Resolução 4966, modificará toda a estrutura contábil das instituições financeiras reguladas pelo BACEN. As instituições financeiras devem, além de se preparar para as datas de vigência das regulamentações, acompanhar a Reforma Tributária, promulgada em dezembro com a promessa de redução da carga tributária geral e foco em harmonizar o sistema brasileiro com os padrões internacionais, assim como a Resolução 4966.
DRSAC: novo documento obrigatório
O Banco Central do Brasil está exigindo que as instituições financeiras informem sobre os riscos sociais, ambientais e climáticos aos quais estão expostas por meio do documento conhecido por DRSAC, sigla para Demonstrativo de Risco Social, Ambiental e Climático. Essa exigência é uma iniciativa importante para promover o desenvolvimento sustentável no setor financeiro e busca reduzir os impactos negativos dos riscos RSAC para a sociedade. A recente resolução, incluiu as instituições S3 e S4 para envio obrigatório do documento.
Medidas para facilitar o acesso ao crédito
O Governo tem adotado medidas de estímulo ao crédito, como o Marco das Garantias e a redução da taxa de juros, que visam simplificar e aumentar a procura e o acesso ao crédito por pessoas físicas e jurídicas, principalmente para micro e pequenas empresas, que são um dos principais motores da economia brasileira. Além disso, o avanço da tecnologia e a digitalização do setor financeiro facilitam a oferta de produtos e serviços de crédito por empresas de diversos segmentos, já que o oferecimento de crédito não é mais restrito às instituições tradicionais.
Cases de sucesso no mercado financeiro
Os últimos anos trouxeram grandes mudanças e evoluções. A Matera, referência em tecnologia para produtos e serviços financeiros, contribuiu para que instituições se adaptassem a este cenário. O Banco Digio encontrou na Matera uma tecnologia completa, escalável e robusta para suas operações. Enquanto isso, o Banco C6, em apenas três meses, desenvolveu a estrutura de um banco digital completo, e a Pagol, pioneira na criação da primeira fintravel do Brasil, revolucionou seu segmento com sua inovação tecnológica.
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